Bem-estar na aposentadoria de trabalhadores de uma instituição universitária pública. O que saber?

Raquel Gvozd Costa, Docente do Departamento de Enfermagem da Universidade Estadual de Londrina, PR, Brasil. E-mail: raquelgvozd@yahoo.com.br

Mariana Angela Rossaneis, Docente do Departamento de Enfermagem da Universidade Estadual de Londrina, PR, Brasil. E-mail: marianarossaneis@gmail.com

Maria do Carmo Fernandez Lourenço Haddad, Professora Sênior da Universidade Estadual de Londrina, PR, Brasil. E-mail: carmohaddad@gmail.com

O artigo “Recursos relacionados ao bem-estar na aposentadoria de trabalhadores de instituição pública”, publicado no periódico Ciência, Cuidado e Saúde (v. 18, n. 4), teve como objetivo, analisar a correlação dos recursos relacionados ao bem-estar na aposentadoria de trabalhadores de instituição universitária pública. Participaram da pesquisa 295 trabalhadores acima de 50 anos de uma universidade pública. A pesquisa foi pautada no Inventário de Recursos para a Aposentadoria (IRA), que avalia os recursos Físico, Financeiro, Social e Emocional/cognitivo/motivacional. Com relação à análise das dimensões do instrumento, no domínio físico, 51,1% dos participantes consideravam sua condição de saúde como boa.

No domínio financeiro, 82% revelaram que a aposentadoria poderá impactar negativamente no suporte financeiro. Os aspectos sociais indicaram que a relação com amigos e família é positiva (53,7%). Já no domínio emocional/cognitivo/motivacional, identificou-se uma posição de moderada à positiva em relação a sua auto percepção (65%). Neste estudo, os recursos abordados estão correlacionados indicando a necessidade de estratégias de preparação para a aposentadoria que garantam abordagens interdisciplinares. A fase de transição da vida laboral para a aposentadoria expõe o trabalhador a sentimentos e vivências complexas que envolvem lutos pertinentes à trajetória profissional (FADILA; ALAM, 2016). Portanto, a identificação dos déficits de recursos relacionados ao bem-estar da aposentadoria pode prevenir efeitos indesejáveis no futuro por identificar a necessidade de planejamento específica para cada trabalhador.

Ressalta-se a importância dos gestores se preocuparem com a implantação de políticas de gestão da idade em suas empresas, que englobem o envelhecimento e a aposentadoria (CAIN et al., 2018). Tais medidas podem contribuir para que a aposentadoria tome um rumo mais personalizado e satisfatório. Reforça-se a importância de estudos com os trabalhadores em um período precedente à aposentadoria, para fornecerem subsídios ao trabalhador para que planeje uma vida na pós-carreira com melhor qualidade.

Referências

CAIN, J. M. et al. Meeting the late-career needs of faculty transitioning through retirement: one institution’s approach. Academic Medicine, v. 93, n. 3, p. 435-439, 2018. Avaliable from: https://journals.lww.com/academicmedicine/Fulltext/2018/03000/Meeting_the_Late_Career_Needs_of_Faculty.31.aspx

FADILA, D. E. S.; ALAM, R. R. Factors affecting adjustment to retirement among retirees’ elderly persons. J Nurs Educ Pract, v. 6, n. 8, p. 112-122, 2016. Avaliable from: http://www.sciedupress.com/journal/index.php/jnep/article/view/8711/0

Para ler artigo, acesse

GVOZD, Raquel et al. Recursos relacionados ao bem-estar na aposentadoria de trabalhadores de instituição pública. Cienc Cuid Saude, v. 18, n. 4 e45487, 2019. Disponível em: http://periodicos.uem.br/ojs/index.php/CiencCuidSaude

Links externos

http://periodicos.uem.br/ojs/index.php/CiencCuidSaude

Facebook da Revista Ciência, Cuidado e Saúde: https://pt-br.facebook.com/cienciacuidadoesaude/