Adriana Cristina de Oliveira, Professora do Curso de Graduação em Enfermagem e do Programa de Pós-Graduação da Escola de Enfermagem da Universidade Federal de Minas (UFMG), Belo Horizonte, MG, Brasil. E-mail: adrianacoliveira@gmail.com
Elisiane Lorenzini, Professora da Graduação em Enfermagem e do Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Florianópolis, SC, Brasil. E-mail: elisiane.lorenzini@ufsc.br
Monica Motta Lino, Professora da Graduação em Enfermagem e do Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Florianópolis, SC, Brasil. E-mail: monica.lino@ufsc.br
O mundo enfrenta uma emergência de saúde pública, sem precedentes, causada pelo novo coronavírus, de rápida disseminação e alto potencial infectante. Nesse contexto, o artigo intitulado “O que a pandemia da COVID-19 tem nos ensinado sobre adoção de medidas de precaução?” publicado no periódico Texto & Contexto Enfermagem (vol. 29), analisou a situação epidemiológica no Brasil e de alguns países da América Latina, evidenciando uma alta velocidade de disseminação do vírus. Destacou-se a experiência mundial que, até o momento, põe em evidência a importância da adoção das medidas de prevenção (higienização das mãos, uso do álcool em gel, etiqueta respiratória, limpeza de superfícies, evitar aglomerações e distanciamento social) preconizadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
No panorama nacional, apresenta-se a preocupação com o comportamento da curva epidemiológica da doença comparada às proporções devastadoras alcançadas na Itália, Espanha e nos Estados Unidos — superando a China em registros de óbitos devido ao atraso na adoção destas medidas. Os dados discutidos no artigo, obtidos até o dia 7 de abril de 2020, já apontavam para a iminência de uma progressão rápida dos casos publicados em relação ao mundo e à América Latina, liderados pelo Brasil na América do Sul. Essa situação se mantém até hoje (julho 2020).
No dia 8 de maio o Imperial College, em Londres, publicou o artigo intitulado “Estimating COVID-19 cases and reproduction number in Brazil” reforçando a importância de se compreender o atual quadro epidemiológico no país. Dos 16 estados avaliados, a estimativa do número de pessoas que foram infectadas com SARS-CoV-2 variaram de 3,3% (95% IC: 2,8%-3,7%) em São Paulo até 10,6% (95% IC: 8,8%-12,1%) no Amazonas (MELLAN et al., 2020).
Nesse contexto, houve resposta das autoridades para reduzir a transmissão da COVID-19, a qual incluiu a declaração de estado de emergência, o fechamento de empresas, de escolas, restrição de transporte, além de outros grupos específicos de intervenções que também foram decididos no âmbito estadual. Nota-se variação substancial entre os estados, o que indica que essas medidas foram apenas parcialmente bem-sucedidas na redução da transmissão da COVID-19, em acordo com o rigor de sua implementação e monitorização.
O panorama atual da curva ascendente no Brasil, com importante repercussão no número de casos e mortes, mostra que a pandemia exige uma mudança de comportamento sociossanitário individual e coletiva, a partir de uma estratégia clara e bem definida, orientada por especialistas e poder público.
Referências
MELLAN T. A., et al. Estimating COVID-19 cases and reproduction number in Brazil. Imperial College London 8 May 2020 [online]. DOI: 10.2556 1/78872 Avaliable from: https://www.imperial.ac.uk/media/imperial-college/medicine/mrc-gida/2020-05-08-COVID19-Report-21.pdf
Para ler o artigo, acesse
OLIVEIRA, A.C. de; LUCAS, T.C. and IQUIAPAZA, R.A. O que a pandemia da COVID-19 tem nos ensinado sobre adoção de medidas de precaução?. Texto contexto – enferm. [online]. 2020, vol. 29, e20200106. ISSN: 1980-265X [viewed 15 May 2020]. DOI: 10.1590/1980-265x-tce-2020-0106. Avaliable from: http://www.revenf.bvs.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-07072020000100201&lng=pt&nrm=iso
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