Andréa Cristina de Morais Chaves Thuler, Enfermeira, Doutora pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), Curitiba, PR, Brasil.
Marilene Loewen Wall, Enfermeira, Professora do Departamento de Enfermagem, Universidade Federal do Paraná (UFPR), Curitiba, PR, Brasil.
O artigo “Construção e validação de escala de autoeficácia de gestantes na prevenção das Síndromes Hipertensivas da Gravidez”, publicado no periódico Cogitare Enfermagem (vol. 26), teve como objetivo construir e validar a Escala de Autoeficácia de Gestantes na Prevenção de Complicações das Síndromes Hipertensivas da Gravidez. Os resultados demonstraram que a escala é válida, confiável e capaz de avaliar a autoeficácia de gestantes na prevenção das complicações das síndromes hipertensivas, uma ferramenta de baixo custo financeiro para uso de profissionais de saúde no direcionamento dos cuidados individualizados às gestantes com Síndrome Hipertensiva da Gravidez.
A pesquisa metodológica, adotou o polo teórico, experimental e analítico para a construção de escalas, propostos por Pasquali (2010). No polo teórico, foi identificado e se aprofundou o construto de interesse Síndrome Hipertensiva da Gravidez, para tanto se realizou um levantamento bibliográfico. A síntese formou a primeira versão da escala, com 39 itens, e a identificação de três domínios: tratamento medicamentoso, assistência ao pré-natal e estilo de vida. A validação de conteúdo dos 39 itens, foi submetida à avaliação de experts na área do construto. Após essa primeira avaliação, obtiveram-se 31 itens. Durante a segunda avaliação dos experts, obteve-se um instrumento-piloto composto por 26 itens. Assim, a análise semântica e o instrumento-piloto foram testados com a participação de 30 gestantes, que aprovaram o instrumento.
No polo experimental, a amostra foi de 262 gestantes, que realizaram acompanhamento no ambulatório de pré-natal em um hospital escola de referência para gestações de alto risco. Utilizou-se, além do instrumento-piloto da escala com 26 itens, um formulário abordando dados sociodemográficos e de antecedentes obstétricos.
No polo analítico, encontram-se a validade de construto e de critério, realizada a análise fatorial e o alfa de Cronbach. A validade de construto, por meio da análise fatorial, indicou a necessidade de exclusão de nove itens e a existência de sete fatores/domínios: tratamento medicamentoso, com 4 itens; assistência pré-natal, com três itens; intervenção baseada no senso comum com três itens; entendimento das recomendações com apoio familiar, estilo de vida e intervenção dietética com dois itens cada e cuidado de si, com um item.
A Escala de Autoeficácia de Gestantes na Síndrome Hipertensiva da Gravidez, poderá auxiliar tanto o enfermeiro como a equipe multiprofissional no desenvolvimento de ações de cuidado seguras e individualizadas para as gestantes de alto risco. Conseguirá ainda fomentar discussões sobre o tema, identificando os pontos em que se faz necessário direcionar ações de cuidado às gestantes, além do planejamento de estratégias de intervenção e políticas públicas.
Referências
PASQUALI, L. Instrumentação psicológica: fundamentos e práticas. Porto Alegre: Artmed, 2010.
Para ler o artigo, acesse
THULER, A. C. de M. C., and WALL, M. L. W. Construção e validação de escala de autoeficácia de gestantes na prevenção das síndromes hipertensivas da gravidez. Cogit. Enferm. [online]. 2021, vol. 26, e75754. e-ISSN: 2176-9133 [viewed 22 September 2021]. http://doi.org/10.5380/ce.v26i0.75754. Available from: https://revistas.ufpr.br/cogitare/article/view/75754
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