Dagmar Elaine Kaiser, Editora associada da Revista Gaúcha de Enfermagem, Porto Alegre, RS, Brasil. E-mail: dagmar.kaiser@ufrgs.br
Wiliam Wegner, Editor associado da Revista Gaúcha de Enfermagem, Porto Alegre, RS, Brasil. E-mail: wegnerwiliam@gmail.com
As competências do enfermeiro para a gestão do cuidado requerem conhecimentos, habilidades e atitudes compatíveis para o exercício do papel de gestor e líder nas Instituições de Saúde. O importante papel do enfermeiro ao responsabilizar-se pela gestão do cuidado e/ou de serviços de enfermagem e de saúde, lhe requer planejamento, organização e proatividade nas ações, perspicácia nos negócios e qualidades de liderança no atendimento clínico e gerencial. A comunicação e as habilidades interpessoais são igualmente vitais ao exercício da gestão do cuidado, por auxiliarem no cuidado ao paciente/usuário/cliente/trabalhador e impactarem na qualidade e segurança dos processos assistenciais. Estudo de Pires e colaboradores (2019), intitulado de “Gestão na atenção primária: implicações nas cargas de trabalho de gestores”, destaca a importância da gestão para o setor de saúde e para a efetivação da atenção em saúde. Outro estudo liderado por Ferreira e outros (2019) intitulado de “Contribuições e desafios do gerenciamento de enfermagem hospitalar: evidências científicas”, enfatiza que os processos assistenciais e gerenciais são indissociáveis com destaque para liderança, relacionamento interpessoal, administração de conflitos e comunicação eficaz como requisitos para o sucesso do trabalho em equipe.
Depreende-se do artigo de Pires e colaboradores (2019) que as competências gerenciais corroboram o espaço do conhecimento profissional em que diversos recursos organizacionais, como o humano, materiais, financeiros, de informação e tecnologia são mobilizados para dar suporte à tomada de decisão e para implementar ações.
Artigo de Ferreira e outros (2019), confirma que as competências gerenciais se mostram predominantes na atuação do enfermeiro, pois ele é o responsável pela coordenação do trabalho dos demais profissionais de enfermagem, pelo planejamento e organização do trabalho, de forma a assegurar as condições adequadas de cuidado dos indivíduos e coletivo. Isto requer aptidão para o exercício da liderança que envolve compromisso, responsabilidade, empatia, habilidade para tomada de decisões, comunicação e gerenciamento de forma efetiva e eficaz.
Neste conjunto de reflexões, assumindo que o enfermeiro reúne conhecimentos das áreas da saúde e da administração com saberes técnicos, metodológicos e das relações intersubjetivas ao exercer a gerência de sistemas, serviços e assistência à saúde, é importante a discussão da relevância gestão à efetivação de políticas públicas, sendo reconhecida como fundamental e um dos macroproblemas mais significativos às tomadas de decisões institucionais, como corroboram Pires et al. (2019) e Ferreira et al. (2019).
São muitos os desafios que mobilizam enfermeiros para a ação gerencial, tão essencial para o trabalho em saúde. Será que os enfermeiros têm incentivado e identificado prioridades para fornecer uma orientação estratégica de apoio às equipes, para facilitar as mudanças e alcançar resultados? Ao mesmo tempo, têm garantindo a mobilização e utilização eficiente da força de trabalho de enfermagem, de saúde e outros recursos?
Desafios que requerem competências gerenciais de liderança, relacionamento interpessoal, comunicação eficaz e adequada administração dos conflitos para favorecer o trabalho em equipe, estruturar convicções, desenvolver aptidões e estabelecer prioridades em saúde, quando a flexibilidade e a capacidade de adaptação a mudanças são essenciais para o enfermeiro se manter competente.
Para ler os artigos, acesse
FERREIRA, Victor Hugo Souto et al. Contributions and challenges of hospital nursing management: scientific evidence. Rev. Gaúcha Enferm., Porto Alegre, v. 40, e20180291, 2019. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1983-14472019000100506&lng=pt&nrm=iso
PIRES, Denise Elvira Pires de et al. Management in primary health care: implications on managers workloads. Rev. Gaúcha Enferm., v. 40, e20180216, 2019. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1983-14472019000100438&lng=pt&nrm=iso
Link externo
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