José Luís Guedes dos Santos, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, Santa Catarina, Brasil.
A formação de enfermeiros com potencial transformador em nível social, organizacional e político requer o desenvolvimento de competências empreendedoras em seu perfil acadêmico. O artigo Perfil empreendedor entre estudantes de graduação em enfermagem, publicado na revista científica Acta Paulista de Enfermagem, apresenta um panorama do perfil empreendedor entre estudantes de graduação em enfermagem de duas Instituições de Ensino Superior de Santa Catarina, Brasil.
Trata-se de um estudo transversal, desenvolvido no mês de agosto de 2018, com 239 estudantes de enfermagem. Para a coleta de dados, utilizou-se questionário composto por questões de caracterização pessoal (idade, sexo e ano do curso) e o instrumento de Avaliação de Perfil Empreendedor em Meio Acadêmico, que gera cinco níveis de classificação: superior, médio superior, médio, médio inferior e inferior. Os dados foram analisados por meio de estatística descritiva.
Como resultados, identificou-se que a maioria dos estudantes era da faixa etária de até 20 anos (38,9%) e do sexo feminino (88,1%). Quanto ao ano do curso, pouco mais da metade (51%) dos alunos estavam matriculados em séries iniciais do curso, ou seja, no 1º (25,5%) e 2º anos (25,5%). Em relação ao perfil empreendedor, a maioria dos estudantes ficou classificado alunos ficaram classificados no nível superior (64,9%) e no nível médio superior (35,1%).
Nenhum aluno obteve pontuação referente aos níveis inferior, médio inferior e médio. Entre os alunos classificados no nível superior, predominaram os do sexo masculino (71,4%), no 3º ano do curso (68,2%) e na faixa etária de 30 a 35 anos (80%). Na análise das dimensões do perfil empreendedor, a dimensão “Energia e Comprometimento” obteve a maior/melhor pontuação. O pior escore foi identificado na dimensão “Capacidade de Assumir Riscos Moderados”.
Embora o empreendedorismo seja influenciado por características psicológicas, contexto social, antecedentes culturais e educacionais, o fato de nenhum acadêmico ter obtido um escore baixo para o perfil empreendedor indica um preparo promissor na carreira profissional em enfermagem. Nesse sentido, a investigação pode subsidiar e/ou contribuir para o aprimoramento de políticas de ensino, pesquisa e extensão com foco no empreendedorismo na formação em enfermagem. Além disso, os achados da pesquisa podem subsidiar novos estudos visando a avanços teóricos em relação à área investigada.
A abordagem do empreendedorismo ao longo da formação em enfermagem é importante para alavancar a visão sobre o tema na profissão e potencializar a busca por autonomia e qualificação profissional. Nesse sentido, a formação de enfermeiros com perfil empreendedor pode contribuir para ampliar o escopo de prática da profissão, potencializando o papel do enfermeiro como agente transformador estratégico da realidade.
Para ler o artigo, acesse
JOFRE, A. Perfil empreendedor entre estudantes de graduação em enfermagem. Acta Paulista de Enfermagem [online]. 2021, vol. 34, eAPE001645 [viewed 12 January 2022]. https://doi.org/10.37689/acta-ape/2021AO001645. https://www.scielo.br/j/ape/a/S8hxYRbyCrfJKXKGXPSDMBh/
Link(s)
Acta Paulista de Enfermagem: https://www.scielo.br/j/ape/
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